Fuente: "Zulo del Misterio" via R3Team in Google Reader
Expuesto el: martes, 08 septiembre, 2009 6:04
Autor: Mário J.C
Asunto: Do You Believe?
| Durante uma noite fria em Madrid, em finais de 1997, conheci um oficial do Cesid – isto nos tempos do Tenente-General Javier Calderón – alto, meio encurvado, olhar de raposa. A linguagem corporal daquele homem lembrava uma tulipa (ao vento). Após um pequeno passeio por Lavapiés, a nossa conversa encaminhou-se para um lado sombrio, grave (bastante comum em homens daqueles), que sabia não dominar, e foi então que, com alguma prosápia, típica dos militares espanhóis, aquele hermanito decidiu revelar, para meu espanto, a existência de um programa da secreta espanhola para a recolha e análise de intel sobre OVNIS e fenómenos paranormais em território espanhol. Confidenciou-me, sapientemente, que o programa tinha um orçamento de 5,5 milhões de pesetas. Ora bolas. Você está a dizer-me que gastam essa quantia a caçar OVNIS? – disse eu baixinho. Precisamente – disse ele – É um assunto deveras sério, da maior importância para a segurança interna de Espanha. Mas isso é ridículo homem – disse levantando-me – A E.T.A não convalesce e vocês preocupam-se com coisas dessas? – Pobre homem, está tolo. Fez um expressão grave – Vocês não têm coisas dessas em Portugal? – ciciou o hermanito É possível – respondi eu – Mas penso que o estado português não terá, presentemente, qualquer interesse no assunto. Não têm mesmo? – insistiu Que eu saiba não – respondi, enquanto batia com o dedo indicador esquerdo no lábio inferior a tentar recordar-me de alguma história ou notícia Então será melhor não falarmos mais do assunto – disse friamente, a perscrutar-me com os seus olhos de raposa Confesso-lhe que acho toda essa história perfeitamente ridícula – pobre tolo, repeti para mim. E mudamos de assunto. No dia seguinte regressei a Lisboa. Pouco me importa se falara a sério. Fiquei preocupado com as prioridades do pessoal afecto ao Cesid. E hoje, como serão as coisas? Caças a OVNIS, pequenos homenzinhos verdes? Ora essa! Tragar coisas dessas não. |
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